No Dia do Médico Sanitarista, celebrado em 2 de janeiro, destacamos a relevância deste profissional que verifica, analisa e pesquisa a saúde pública e propõe alternativas para que medidas na área sejam tomadas, com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços de saúde.
Oswaldo Gonçalves Cruz é um dos Médicos Sanitaristas mais lembrados, tendo em vista sua preocupação com a saúde pública, com a educação sanitária e principalmente em combater as doenças transmissíveis.
Foi em 1904 que Oswaldo Cruz enfrentou um de seus maiores desafios como sanitarista. Com uma grande incidência de surtos de varíola, o médico tentou promover a vacinação em massa da população. A vacinação era feita pela brigada sanitária, que era uma comissão de empregados da área de saúde preparados para executar esse serviço. Os profissionais entravam na casa das pessoas e vacinavam todos que lá estivessem, mas esta forma de agir indignou a população. O fato ficou conhecido como a Revolta da Vacina.
Os jornais criticavam a nova lei e incentivavam as pessoas a tomar alguma providência contra ela. Diversos movimentos populares tomaram o Rio de Janeiro, a maior concentração aconteceu no bairro Saúde. A revolta durou uma semana com mais de 110 feridos, 945 presos, 461 pessoas deportadas para o Acre e 30 mortos. O Governo derrotou a rebelião, mas suspendeu a obrigatoriedade da vacina. Esta situação mostrou a necessidade de uma forma diferente de vacinação em massa.
No mundo científico internacional, porém, seu prestígio já era incontestável. Em 1907, no XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, o médico recebeu a medalha de ouro pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz ainda reformou o Código Sanitário e reestruturou todos os órgãos de saúde e higiene do país.
Fonte: Fiocruz