As dificuldades enfrentadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no Estado foram motivo de reunião na segunda-feira, 6 de junho, na sede da Secretaria Estadual da Saúde (SES), em Porto Alegre. A falta de profissionais, motivada por 30 pedidos de demissões no último ano está causando dificuldades na composição das escalas de trabalho e, consequentemente, prejudicando o atendimento prestado pelo serviço.
No encontro, a diretora do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Clarissa Bassin, ressaltou que a norma que regulamenta o Samu indica que deveriam haver 70 médicos para realizar os atendimentos e a regulação. Porém, o Estado conta atualmente com 40. “Acredito que está ocorrendo um problema de gestão na secretaria, relativa ao serviço”, afirmou Clarissa. Um dos representantes dos médicos, Paulo Amaral, reforçou que a situação é muito difícil e que os médicos querem reassumir o controle da escala de plantões. A maior dificuldade é compor os horários diurnos. À noite, existem nove profissionais de plantão, número considerado suficiente para atender a demanda.
O diretor-geral da SES, Francisco Bernd, afirmou que o governo está passando por sérias dificuldades financeiras e que a reposição dos profissionais que saíram é difícil. Porém, ao final do encontro, disse que vai pedir ao secretário João Gabbardo que interceda junto ao governador José Ivo Sartori para que as contratações sejam feitas.
Além de rever a questão da escala, surgiu no encontro a proposta de que as macrorregiões do Estado ampliem seu raio de atendimento, desafogando o trabalho do Samu estadual. A SES também se propôs a organizar as capacitações dos profissionais e definir um médico responsável pela regulação do serviço.
Fonte: Simers