Médicos vinculados à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) deliberam em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), promovida pelo Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), via videoconferência, dia 29 de março, por aceitar proposta da gestão municipal, pausar temporariamente as paralisações e por continuar na luta por melhores condições de trabalho e melhoria salarial.
A assembleia foi realizada um dia após a paralisação de 24 horas, que teve a adesão de mais de 70% da categoria médica da PBH. A suspensão das atividades do médicos ocorreu em protesto contra a falta de profissionais nas unidades, descaso com a segurança nas unidades, sobrecarga de trabalho e pressão assistencial diversas, como: epidemia de dengue, pandemia, gripe e doenças respiratórias sazonais, além do índice de recomposição salarial não retroativo oferecido pela gestão municipal.
Já a decisão dos médicos em aceitar a proposta da gestão municipal levou exclusivamente em consideração a possível desassistência à saúde da população, que, atualmente, enfrenta um cenário epidêmico na capital mineira, com um aumento de 248% para casos suspeitos de dengue entre 1.º de janeiro e 10 de março, em relação ao mesmo período de 2022.
A proposta da PBH contempla: reajuste salarial de vencimentos, abonos, adicionais e gratificações no percentual de 5,93%, a partir de junho de 2023; aumento do valor do vale-refeição para R$ 35,00 e retirada do desconto do servidor; retomada em outubro da negociação salarial de 2023 (discussão da recomposição inflacionária dentro da capacidade econômica da PBH); retorno, no mês de outubro, da negociação salarial de 2023 com discussão das pautas específicas de cada categoria; antecipação para outubro de 2023 da negociação salarial do ano de 2024, antes do período eleitoral; reajuste dos salários dos aposentados e pensionistas sem paridade e incremento da licença-maternidade de 5 (cinco) para 20 (vinte) dias para celetista; seleção da promoção para a letra C para o segundo semestre de 2023.
Fonte: Sinmed-MG
