O presidente da Federação Médica Brasileira (FMB), Casemiro dos Reis Junior, participou de reunião com os presidentes das entidades médicas brasileiras, na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília. “Discutimos pontos muito importantes, assuntos de interesse da categoria médica”, declarou Casemiro.
A moratória das escolas de Medicina foi um deles. Existe a sinalização por parte de alguns setores no Ministério da Educação de que a medida poderia ser encerrada. A moratória foi o caminho utilizado para atender a reinvindicação da classe médica, preocupada com a quantidade e qualidade de ensino dessas escolas no país. As portarias que regulamentam a moratória foram publicadas no Diário Oficial da União em abril de 2018, com validade de cinco anos.
A suspensão do pagamento das anuidades dos conselhos de fiscalização profissional fez parte da pauta do encontro. Foram feitos vários contatos com parlamentares, com intuito de tentar barrar esta medida que ganha força na câmara e no senado.
A crise na Saúde nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, também mereceu destaque no encontro. Reuniões deverão ser agendadas para definir as ações que serão tomadas em relação a estes problemas.
A precarização do trabalho médico em diversos estados brasileiros foi outro ponto abordado. Em um encontro com o presidente da Frente Parlamentar da Medicina, o deputado federal Hiran Gonçalves, esses assuntos foram abordados. O deputado acredita que a pauta sobre a suspensão do pagamento das anuidades dos conselhos de fiscalização profissional, dificilmente seja aprovada na Câmara. A proposta da Agência Nacional de Saúde (ANS), que suspende o reajuste automático nos honorários médicos mereceu destaque na conversa, além dos pacotes médicos propostos pelos planos de saúde, que acabam ferindo o ato médico, quando obrigam os profissionais a cobrarem os serviços por meio destes pacotes.
Participaram do encontro o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Jorge S. Darze, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital e o vice-presidente Centro-Oeste da Associação Médica Brasileira (AMB), José Luiz Mestrinho.