Médicos psiquiátricos vinculados à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) discutiram em reunião por videoconferência, realizada em 29 de março, sobre a defasagem no reajuste salarial, abonos de fixação, abonos de urgência entre outros assuntos que têm deixado os profissionais insatisfeitos com a desvalorização da carreira.
A categoria luta por melhorias nas adequações estruturais das unidades, atendimentos, fim das obrigatoriedades de plantões nos finais de semana, homologação de concurso público e garantias completas das equipes. Após várias reuniões e negociações, a PBH ofereceu uma proposta de um reajuste de 11,77% que foi aceita pelos médicos e todos os profissionais de uma forma geral.
Os reajustes imediatos dos plantões extras é outro assunto que tem gerado discussão. Foi aprovado o reajuste do plantão extra para R$ 1.200,00 meio de semana e R$ 1.500,00 fim de semana, tanto para o Cersam quanto para o SUP.
A questão do concurso público que está para ser homologado é outro tema debatido nas propostas apresentadas. “Após a homologação, a PBH pode fazer a convocação dos aprovados na sequência. É o compromisso que ela assumiu com os médicos”, disse André Santos, diretor de Formação Sindical e Filiação do Sinmed-MG.
Mesmo que o número de psiquiatras aprovados tome posse, não será suficiente para preencher o quadro de funcionários atual e não sobrecarregar os profissionais em exercício. Assim, a Prefeitura terá que tomar outras atitudes, uma vez que o concurso público para a psiquiatria não resolverá o problema e será necessário um redimensionamento de toda a força de trabalho da rede de saúde mental do município.
Outra reivindicação da categoria é pôr um fim nas dificuldades enfrentadas diariamente como a escassez e a falta de material nas unidades da rede municipal além da falta de computadores e impressoras para os atendimentos, que acabam dificultando a consulta do histórico dos pacientes e a própria evolução do atendimento.
A categoria decidiu continuar mobilizada e agendará, em breve, uma nova reunião para discutir se houve algum avanço e tomar medidas efetivas para atender as demandas.
Fonte: Sinmed-MG