A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), única instituição reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB) e Conselho Federal de Medicina (CFM) como representante dos dermatologistas no Brasil, recebeu uma publicação da Associação PROTESTE com resultados relativos aos testes realizados com protetores solares no Brasil e esclarece:
- Os resultados mostrados pela PROTESTE devem ser analisados com muita cautela.
- A metodologia utilizada para realização de testes com protetores solares deve ter rigorosa comprovação científica. Variações de métodos podem produzir resultados díspares, levando a conclusões equivocadas.
- Os testes que medem a proteção à radiação UVB chamado FPS, e os testes que medem a proteção à radiação UVA, são complexos, com pormenores e detalhes técnicos que podem interferir significativamente no resultado final.
- A Sociedade Brasileira de Dermatologia desconhece os métodos utilizados pela PROTESTE para realizar os testes com filtros solares e desconhece também o laboratório que os realizou. Da mesma forma, esta Sociedade não acusa o recebimento das análises técnicas efetuadas, que serviram como base para os resultados que porventura possam ser publicados.
- A Sociedade Brasileira de Dermatologia entende que, sem a análise detalhada dos dados completos relativos ao estudo publicado pela PROTESTE, NÃO pode reconhecer os resultados apresentados.
- Do ponto de vista de saúde pública, o mais importante é que o usuário de protetores solares faça uso continuado e em quantidade adequada desses produtos, cujo objetivo principal é a prevenção do câncer da pele, que é o tipo de câncer mais comum na população brasileira.
Diante desses esclarecimentos, a Sociedade Brasileira de Dermatologia, única representante de mais de 8.100 dermatologistas no Brasil, repudia qualquer divulgação precipitada, equivocada e alarmista que comprometa suas orientações de proteção solar, e reforça que o uso do filtro solar continua sendo uma das mais importantes formas de prevenção do câncer da pele.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia estimula o uso continuado dos fotoprotetores e reforça sua credibilidade nos filtros solares brasileiros que são regulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e sendo considerados, inclusive, como referência mundial na tecnologia utilizada na sua fabricação.
Concluindo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia vê com muita preocupação a divulgação de testes que, sem as devidas comprovações científicas/dermatológicas, podem desestimular o uso do protetor solar, o que seria um comportamento extremamente perigoso, especialmente no Brasil, onde a incidência do câncer da pele é alarmante.
DIRETORIA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA 2015/2016