Os alunos de medicina da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Campo Grande, estão pedindo melhorias na estrutura do prédio. Os estudantes estão optando por fazer “movimentos a curto prazo” e com foco na reitoria.
A aluna Liviane Michelassi, do 1º ano, disse que não houve nenhum avanço nas negociações e por isso os acadêmicos planejam novas ações. “Nós conversamos com o reitor ontem e não conseguimos nenhum prazo ou alguma solução assertiva. Ele apenas falava em um possível convênio e possíveis soluções neste sentido. Durante a tarde, nós conversamos com um representante do governador e eles nos garantiu que o Azambuja não tinha ciência da situação do curso de medicina”, comentou.
Durante a reunião, eles discutiram os problemas financeiros da UEMS, com o secretário especial de Governo, Felipe Mattos.
“Ele nos disse que sabia das dificuldades da universidade, assim como toda a máquina pública. Sobre a falta de estrutura do curso, o governador tomou ciência ontem e após isso fizemos uma nova assembleia”, explicou Michelassi.
Até a próxima terça, 14 de junho, conforme a estudante, os alunos vão paralisar. “Nosso foco agora é cobrar da reitoria e realizar movimentos a curto prazo”, finalizou.
Entenda o caso
Grupo com aproximadamente 80 estudantes, do campus de Campo Grande, promoveram por cerca de 1h30 da quarta-feira, 8 de junho, uma manifestação em frente ao prédio da governadoria. Com faixas e cartazes, eles gritavam palavras de ordem e cantaram músicas satirizando a situação. Ela explica que o curso foi aberto em 2015 e que em agosto do ano passado foi inaugurado um prédio para abrigá-lo, mas a estrutura não tem equipamentos, nem material didático e nem corpo docente suficiente para atendê-lo.
“As salas do laboratório estão vazias. Não temos nem bancadas, nem peça anatômicas, nem microscópio, nem ao menos gaze e seringas. Os livros que dispomos são poucos e o corpo docente é formado em sua maior parte por professores contratados. Temos poucos profissionais efetivos e poucos médicos, o que impede, a realização de pesquisas no curso”, aponta a porta-voz do grupo.
Segundo a assessoria de imprensa do governo do estado, ainda na manhã desta quarta-feira, uma comissão de alunos estaria se reunindo com a direção da UEMS para discutir a situação do curso e à tarde haveria uma nova reunião dos acadêmicos, mas desta vez com o secretário especial de Governo, Felipe Mattos, para tratar do assunto.
O curso de Medicina da UEMS em Campo Grande está na segunda turma e conta atualmente, conforme os alunos, com 92 estudantes.
Fonte: G1