No Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Combate à Mortalidade Materna, 28 de maio, a FMB reforça a importância de políticas públicas que assegurem o acesso das mulheres à Saúde. Em média, 40 a 50% das causas de morte materna poderiam ser evitadas se não houvesse atraso na chegada da mulher ao serviço de saúde e tratamento adequado.
Mesmo com a pandemia, nos últimos dois anos as principais causas da mortalidade materna costumam ser hipertensão, infecção e hemorragia, principalmente no pós-parto.
Dados registrados no Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, em 2021, revela que o Brasil teve média de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos. Esse é um dado muito diferente se for comparado à Europa, onde a taxa média no continente é de 13 mortes a cada 100 mil nascimentos.
A meta do Brasil era em 2015, ter alcançado uma razão de morte materna para cada 100 mil nascidos. A Rede Cegonha, implantada em 2011 pelo Ministério da Saúde, fez novo acordo e dentro da Agenda Global 2030, das Nações Unidas, e a meta foi readequada para daqui oito anos.
Fragilidades
Altos índices de mortalidade materna podem representar fragilidade na rede de atenção à saúde geral, principalmente a materna. As dificuldades passam por diversos fatores, mas principalmente pela falta de recursos e atenção. Um dos exemplos é a falta de leitos dedicados à UTI para gestantes e puérperas
O futuro
Dentro da Rede Cegonha, este ano, o Ministério da Saúde deu início à implantação da Rede de Acolhimento Materno-Infantil (Rami). A Rede é desenvolvida de acordo com critérios epidemiológicos, taxa de mortalidade infantil, razão de mortalidade materna e densidade populacional.
O aprimoramento dessa assistência também conta com o fortalecimento de estabelecimentos de maternidades e a criação dos ambulatórios de assistência a gestantes com alto risco de complicações. Essa rede está fundamentada em princípios que promovem a garantia de integralidade, qualidade e segurança do cuidado, voltados ao fortalecimento das estruturas existentes e à criação de novos componentes fundamentais.
Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde/ Ministério da Saúde/Jornal da USP