Os médicos que atuam em unidades de saúde de Sumaré (SP) retomaram a greve que havia sido suspensa na última terça-feira, 13 de dezembro. De acordo com o sindicato da categoria, a Prefeitura fez o repasse dos salários atrasados para a Pró Saúde, que administra a contratação dos profissionais nas duas unidades, mas a empresa usou o recurso para pagar funcionários CLT e não terceirizados, como era previsto no acordo.
A entidade ainda informou que os médicos estão em greve por tempo indeterminado desde sábado, 17 de dezembro, e só atenderão casos de urgência e emergência. A manifestação dos profissionais começou no dia 14 de outubro e foi suspensa na terça. Segundo o Sindicato dos Médicos (Sindmed), as três parcelas repassadas pelo Executivo totalizariam R$ 2 milhões até o fim deste mês, o que permitiria o acerto dos salários de setembro.
Ainda de acordo com o sindicato, os atrasos nos salários prejudicam 150 profissionais. Além de gerenciar integralmente a UPA do Jardim Macarenko e o Pronto Atendimento (PA) do Matão, a Pró Saúde fornece serviços médicos de urgência e emergência para mais três PA’s da rede e, eventualmente, serviços de médicos especialistas para outras unidades.
Versões
A Pró Saúde informou, em nota oficial, que o pagamento dos médicos realizado na sexta-feira, 16, faz parte de um acordo firmado entre a empresa, Prefeitura, Ministério Público do Trabalho (MPT) e o sindicato. Segundo a companhia, o repasse feito pela Prefeitura não foi o suficiente para quitar a dívida com os profissionais.
“Embora represente um esforço das partes em resolver a situação, o cronograma de pagamentos relativos ao custeio de setembro não atende ao total necessário para restabelecer o atendimento integral aos pacientes, que envolve serviços médicos, colaboradores, fornecedores e despesas com insumos“, diz o texto da nota,
Já a Prefeitura de Sumaré reiterou que divulgou o cronograma de pagamento no dia 6 de dezembro. De acordo com a administração municipal, no dia 9 deste mês foram quitados os salários de agosto. “A Secretaria Municipal de Saúde tem reforçado publicamente também que os médicos ‘municipais’, ou seja, que são servidores da Prefeitura, jamais paralisaram ou reduziram suas atividades“, disse o Executivo.
Justiça
Após o início da paralisação, no dia 14 de outubro, a Justiça notificou a Pró Saúde e determinou que o serviço fosse retomado. No entanto, a decisão foi descumprida à época e os profissionais permaneceram em greve.
Fonte: G1