Os médicos vinculados à rede municipal de saúde da Prefeitura do Recife participaram da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) na quinta-feira, 06 de julho, no auditório da Associação Médica de Pernambuco (AMPE) e aprovaram o indicativo de paralisação, para próxima reunião marcada para o dia 20 de julho, às 14h, no mesmo local. De acordo, com o presidente do Simepe, Tadeu Calheiros, a proposta será discutida e votada nesta AGE. No entanto, ele frisou que esta paralisação só vai acontecer depois do posicionamento da oficial da Secretaria de Saúde em relação às pautas apresentadas pelo Sindicato. “Nós vamos intensificar a mobilização da categoria e continuar denunciando às condições precárias as quais a população e os médicos estão sendo submetidos. O cenário é de problemas. Levaremos todas as denúncias ao Ministério Público (MPPE), à Vigilância Sanitária e ao Conselho Regional de Medicina (Cremepe)”, assinalou Tadeu Calheiros.
Durante a AGE, os médicos demonstraram total insatisfação com as condições que enfrentam no dia a dia de trabalho. A rede da Estratégia de Saúde da Família (ESF) apresenta postos de saúde e policlínicas bastante desestruturados. As unidades têm paredes com infiltrações e mofadas, tetos com rachaduras, pisos quebrados, sanitários sem as mínimas condições de higiene, além falta de materiais de insumos e equipamentos.
Para Tadeu Calheiros, vários procedimentos que poderiam ser feitos dentro das unidades de saúde da Prefeitura do Recife desafogando as grandes emergências, trabalho em que os profissionais estão habilitados a fazer de educação e promoção da saúde, está deixando de ser feito, por falta de estruturação das unidades de saúde do Recife.
“Os profissionais das emergências e maternidades estão sobrecarregados, por conta das escalas de plantão incompletas. o que tem provocado adoecimento da categoria profissional. Além disso, a insegurança nos postos de trabalho é outro fato que assombra todos. A falta de diálogo sobre reajuste salarial da categoria é outro problema. Tudo isso vem aumentando o grau de insatisfação”, enfatizou.