No dia 17 de agosto, o Sinmed-MG, representado pela diretora financeira Ariete Araújo, o diretor de Mobilização Cristiano Maciel e da advogada Paloma Marques, da Braga Lobato Associados – empresa parceira do sindicato, participaram de reunião com a secretária estadual de Planejamento, Luiza Barreto, para cobrar a retomada do processo de implantação do Novo Plano de Carreiras dos Servidores da Saúde no Estado. Esteve presente também representantes do Sind-Saúde/MG.
Na reunião, embora tenha sido apresentado argumentos sobre a importância da retomada do Plano de Carreira dos servidores do estado, a secretária Luiza Barreto deixou claro que enquanto Minas Gerais não cumprir as metas da Lei de Responsabilidade Fiscal, não poderá dar andamento na implementação do Plano de Carreiras, ou mesmo realizar a correção inflacionária do último ano.
O diretor Cristiano Maciel, que também é médico do Estado, destacou que essa revisão é urgente e essencial para que o governo corrija as defasagens na carreira, possibilitando manter profissionais de excelente qualidade, que ainda resistem como servidores estaduais devido à vocação, uma vez que o salário está muito defasado e as condições de trabalho e segurança apresentam problemas graves.
O Sinmed-MG destaca indignação com o descaso do governo frente à retomada da revisão do Plano de Carreira, refletindo a desvalorização dos profissionais da saúde. Desde a época da pandemia de Covid 19, as equipes de saúde já vinham desfalcadas e a primeira iniciativa devia ter sido recompô-las com urgência, mas ao invés disso, os gestores prontamente suspenderam férias e licenças, ampliaram cargas horárias e os profissionais continuaram trabalhando no limite de suas forças, cansados e sobrecarregados, pois não havia médicos suficientes para atender a população! Somente após a situação já apresentar níveis de calamidade em saúde pública, o Governo do Estado reconheceu a necessidade de recompor os salários e, após mobilização do SinMed, criou a gratificação COVID, que fornecia um abono de 50% no salário, que era o valor exato da perdas salariais de 10 anos sem reajuste. Com o abono, as escalas foram repostas, demonstrando que os baixos salários estão impedindo que o Estado consiga fazer reposição dos profissionais de saúde. Mas com o fim da pandemia, o abono foi retirado e a maioria dos médicos foram demitidos.
E nem diante dessa situação alarmante, a gestão não se sensibiliza em tomar medidas que possam garantir os direitos dos profissionais e dar condições adequadas para fixação deles na área da saúde.
Lembrando que a proposta do novo Plano de Carreiras foi construída com muitos estudos e reuniões de trabalho que já ocorrem há cerca de dez anos, como destacou a diretora Ariete Araújo e foi embasada em estudos econômicos, com dados do DIEESE e acompanhamento jurídico do Sinmed-MG.
O Sinmed-MG reforça que vai continuar a cobrar do governo, por meio da mobilização e das medidas jurídicas, para retomar o processo de revisão da Carreira, instrumento essencial para a defesa do trabalho dos médicos servidores do Estado de MG.
Fonte: Sinmed-MG