O governo do Estado voltou a atrasar o repasse de recursos aos hospitais conveniados que atendem a população pelo SUS. Em Maceió e no interior o momento é de apreensão, inclusive os pacientes temem o pior: a suspensão dos serviços. Já é um absurdo o baixo valor da remuneração, e não existe nenhum adicional: não há auxílio combustível, nem vale alimentação, nem nada, enfim, que gere compensação para minimizar ao menos o custo empreendido com o deslocamento – na prática os profissionais estão pagando para trabalhar, do contrário muitas unidades estariam de portas fechadas. Como agradecimento, o gestor dá calote. No Hospital Nossa Senhora do Bom Conselho, por exemplo, em Arapiraca, a folha já completou mais de 60 dias de atraso. Ali e nas demais unidades da rede pública predomina mão de obra precarizada, sem direito a nada. A tendência é haver desligamento em massa, caso o governo continue sem priorizar a regularização das pendências. Assim não dá.