O presidente do Simepe, Walber Steffano, participou nesta quarta-feira (14) de audiência pública para tratar sobre a situação dos anestesistas do hospital infantil de Petrolina, Dom Malan. A reunião foi mediada pelo Ministério Público de Pernambuco e contou com representantes do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE), além dos médicos que trabalham na unidade. A pauta girou em torno da urgência de readequação na estrutura do hospital, reorganização no quantitativo de anestesistas, bem como a necessidade de mudanças na rede materno-infantil da região como um todo.
“É uma pauta que já vem desde o ano de 2017 e que, com o apoio e intervenção do Cremepe, juntamos diversos dados em busca de solucionar a situação da unidade. Hoje, não há condições de trabalho no Hospital Dom Malan, só há dois anestesistas para atender o alto fluxo e que ainda se dividem para o atendimento à recuperação anestésica. Então o cenário já é de desespero da categoria, de não ter como atender mais a demanda do hospital que é uma das referências da rede materno-infantil”, ressaltou Walber.
Durante a reunião, a SES apresentou um panorama de informações sobre a VIII GERES (gerência de saúde que atende os municípios de Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista), na qual identificaram que o Dom Malan concentra um número maior de partos de alto risco. Ou seja, os poucos anestesistas se dividem nos partos de alto, médio e baixo risco, além das cirurgias eletivas, quando deveriam ser concentrados no que tem mais volume.
Ao final da audiência, ficou deliberada a marcação de uma reunião entre o Simepe, Creme, SES e os médicos do equipamento de saúde para que seja feita uma análise mais detalhada dos dados, os encaminhamentos de urgência, assim como um plano de médio e longo prazo para toda a rede materno-infantil da região.
“Petrolina é uma cidade tão grandiosa, tão importante, não pode ficar com a saúde desassistida. Vamos fazer uma agenda com a Secretaria de Saúde e eu tenho certeza que vamos resolver essa situação e trazer soluções ao Ministério Público”, finalizou Walber.
Fonte: Simepe