O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), representado pelos diretores Tadeu Calheiros (vereador do Recife) e Lilian Parra, se reuniram na tarde desta quinta-feira (30/06), com um grupo de médicos vinculados ao programa Médicos pelo Brasil do Ministério da Saúde (MS). O advogado da Defensoria Médica (DFM), Ricardo Santos, também esteve presente.
Eles deram continuidade ao debate iniciado em 16/06 a respeito da invasão da privacidade do médico que está usando, hoje, um equipamento de tecnologia avançada, através de GPS, custeado com recursos próprios. É importante frisar que para gerir o programa, o governo federal criou a Adaps (Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde), uma agência subordinada ao MS; a agência está exigindo que o médico use seu próprio celular, com GPS, para aferição da jornada de trabalho. A categoria questiona a segurança e a exposição individual de cada profissional.
Na oportunidade, o Simepe assinalou sua preocupação, no que diz respeito à privacidade e a segurança do médico, bem como o uso de equipamento próprio adquirido pelo profissional, sem ser disponibilizado pelo programa Médicos pelo Brasil/Governo Federal. Além disso, salientou que o exercício da Medicina não é um simples ato de registro “digital” e pressupõe várias especificidades complexas que não são contempladas numa simples aferição métrica.
A Defensoria Médica vai questionar o Ministério da Saúde e a Adaps sobre esse problema, como também denunciar ao Cremepe a falta de registro da responsável técnica da Adaps, em Pernambuco. Uma nova reunião presencial está agendada para o dia 05/08, às 16, no Simepe, para avaliação e definição dos rumos do movimento.
Fonte: Simepe