A Federação Médica Brasileira (FMB), lamenta a morte da médica do Trabalho, Marcelle Porto Cangassu, 35 anos, na tragédia de Brumadinho, Minas Gerais, na sexta-feira, 25 de janeiro de 2019.
Mirelle Porto, mãe da médica, chegou a acreditar que a filha tivesse se salvado e a falta de notícias se dava por ela estar ajudando a socorrer as pessoas. A mãe contou à imprensa que a filha nunca reclamou ou demonstrou alguma insegurança por trabalhar na mina. “O único medo que sentíamos era da estrada, pois ela dirigia cerca de meia hora para ir ao trabalho”, disse a mãe.
“A tristeza nesse momento nos leva a importante reflexão sobre os valores que devem nortear a nossa sociedade. Ainda que pese que nada irá trazer nossa colega de volta ao convívio de seus familiares e amigos e que centenas de pessoas tiveram suas famílias e suas vidas ceifadas, Marcelle, os outros mortos e todas as pessoas atingidas por esse episódio, são vítimas da omissão do Estado”, destaca o presidente da FMB, Casemiro dos Reis Júnior. “Que nossos valorosos trabalhadores da saúde, dos Bombeiros e todos os voluntários que ajudam nesse processo de tentar recompor as coisas à sua quase impossível normalidade, deixamos o registro do apreço e admiração pelo trabalho. Que situações como essas não se repitam nunca mais em nosso País”.