Corredor da emergência ocupada por pacientes acomodados em macas. Essa foi a realidade vista pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) em visita realizada na tarde de quarta-feira (21) ao Hospital Viamão, administrado pelo Instituto de Cardiologia (IC-FUC). Um retrato de como a falta de leitos e o atraso constante nos repasses do Estado têm afetado a saúde em todo o Rio Grande do Sul.
Como se trata do único hospital do município, os médicos se recusam a deixar de atender os pacientes – mesmo que as condições não sejam as ideais e que uma parcela importante dos profissionais esteja sem receber há três meses.
“Só não faltam medicamentos e insumos porque existe um gerenciamento quase que diário dos estoques, fazendo trocas ou empréstimos com outras unidades hospitalares administradas pelo IC-FUC. Mas essa não pode ser uma solução permanente”, pontua o diretor do Simers André Gonzales.
Ampliação da UTI
Para ele, inclusive, é importante ressaltar o papel que tem sido realizado pelos profissionais e gestores para evitar que a falta de repasses paralise as atividades. “O que vimos foi um esforço para oferecer o melhor possível à população”, completa.
Um dos exemplos é a ampliação da UTI, que vai passar de seis para 15 leitos. Além de melhorar o atendimento, a expectativa é que o aumento tenha também reflexo econômico, por conta do valor diferenciado pago aos leitos de terapia intensiva. Isso deve ajudar o hospital a chegar mais perto do equilíbrio econômico.
Fonte: Simers