A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), agência regional das Nações Unidas, afirmou que planeja lançar em 2019 um novo plano de ação contra as doenças transmissíveis. Estratégia visa garantir o acesso universal a serviços de diagnóstico e tratamento. O organismo da ONU está mapeando todas as enfermidades na região das Américas para avaliar estatísticas e investigar causas socioambientais dos surtos.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), agência regional das Nações Unidas, afirmou neste mês (3) que planeja lançar em 2019 um novo plano de ação contra as doenças transmissíveis. Estratégia visa garantir o acesso universal a serviços de diagnóstico e tratamento. O organismo da ONU está mapeando todas as enfermidades na região das Américas para avaliar estatísticas e investigar causas socioambientais dos surtos.
“Estamos trabalhando em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para ter gerações futuras livres de doenças transmissíveis nas Américas. Para isso, precisamos conseguir o acesso universal a medidas de detecção dessas enfermidades e tratamento precoce”, defendeu o subdiretor da OPAS, Jarbas Barbosa, em participação no 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MEDTROP), realizado em Olinda.
O especialista explicou que o novo marco da OPAS para as doenças transmissíveis será constituído por quatro linhas de atuação: serviços de saúde integrados; geração, análise e disseminação de estratégias robustas; abordagem dos determinantes ambientais e sociais; e a integração com a atenção primária à saúde.
“Está sendo feito um mapeamento de todas as doenças e as dimensões de cada uma delas, que terá um conjunto de indicadores construídos com uma abordagem multissetorial”, acrescentou Barbosa. Segundo o gestor, as consultas com os países devem ocorrer no fim do ano. A aprovação do plano no Conselho Diretivo da OPAS está prevista para 2019.
O representante da OPAS também traçou um panorama da atual situação das doenças transmissíveis nas Américas, entre elas, o sarampo.
“Neste ano, a Venezuela completou mais de 12 meses de transmissão sustentada de sarampo e, com isso, perdeu o certificado de eliminação da doença. Os outros países da região continuam com sua certificação individual, mas existem riscos. O Brasil vem fazendo campanhas de vacinação junto com estados e municípios, mas se não interromper a transmissão da doença até fevereiro de 2019, também pode perder seu certificado”, disse.
Um desafio brasileiro, de acordo com Barbosa, é quebrar as barreiras no acesso da população às vacinas. “Mães e pais que trabalham não conseguem levar seus filhos para se vacinar durante o horário comercial, em dias de semana. A vacina está no posto de saúde, mas as pessoas não conseguem chegar a ela.”
Fonte: ONU-BR