Mais uma deliberação da prefeitura de Porto Alegre que retira direitos dos médicos. Ignorando compromissos políticos firmados em gestões anteriores, Nelson Marchezan Jr. anunciou a decisão de alterar o percentual de insalubridade dos médicos municipários da capital. A medida afeta também os servidores que aguardam aposentadoria – já que terão seus vencimentos reduzidos. A decisão está em vigor desde a data de publicação, no dia 16 de novembro.
A determinação atinge médicos que atuam no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS), no Hospital Pronto Socorro (HPS) e no Samu. A diretora do Simers Clarissa Bassin classifica a medida como “perigosa”, na medida em que traz riscos aos próprios servidores da saúde. “É mais uma medida para atingir os servidores, desprezando o trabalho diário que fazemos; mostrando total desconhecimento quanto à exposição a agentes infectocontagiosos e à prevalência de doenças entre servidores da área da saúde. É também um estelionato com os que estão há mais tempo em atividade ou prestes a se aposentar”, aponta Clarissa.
A medida também altera o adicional de insalubridade dos profissionais que acessam as salas de isolamento nas unidades de Pronto Atendimento. Diante dessa situação, o Simers reforça que está à disposição dos médicos para discutir judicialmente o correto valor a ser pago pelo município.