A falta de água e energia elétrica no Hospital Estadual de Oiapoque, município distante 590 quilômetros de Macapá são alvos de constantes reclamações de pacientes que estão internados na unidade, que é único hospital público da cidade. O problema tem ocorrido desde o ano passado, segundo acompanhantes dos pacientes.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que uma reunião entre o governador do Amapá, Waldez Góes, e a prefeita de Oiapoque, Maria Orlanda Marques (PSDB) foi realizada na sexta-feira, 15 de setembro, para definir medidas emergenciais que serão tomadas.
A família da bebê Júlia Santos, de 3 meses, teve que levar a paciente, que está internada no hospital, até a residência onde moram para que ela pudesse tomar banho.
“Tivemos que levar pra casa porque não tinha água no hospital. Então conseguimos a autorização do médico para que ela tomasse banho e voltasse ao hospital”, disse a tia da menina, Leila Santos.
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Além da falta de água, os problemas de energia elétrica geram transtornos para funcionários e pacientes do hospital, pois as centrais de ar-condicionado não funcionam. Com isso, o forte calor toma conta do ambiente.
“O calor é insuportável e às vezes pegamos pedaços de papelão para poder nos abanarmos”, reclamou a dona de casa Maria Furtado.
Funcionários do hospital informaram que há um gerador de energia na unidade, mas devido à falta de combustível, o motor não pode ser abastecido. A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) informou que ocorreu problema no gerador, mas já foi resolvido.
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Problema antigo
A falta de medicamentos básicos, de alimentação, e de água nas torneiras e bebedouros é uma reclamação antiga de médicos e pacientes. O problema obrigou pessoas internadas a custear com dinheiro do próprio bolso remédios e materiais para procedimentos cirúrgicos.
Muitos chegaram a gastar R$ 720 na compra de medicamentos básicos para uma cirurgia. Pacientes de comunidades distantes tiveram que retornar para casa devido à falta de água e de alimentação.