Um levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostrou que vem aumentando gradativamente os números de internações e mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) em Alagoas.
Os dados foram apresentados junto a um estudo que mostra uma série de deficiências na infraestrutura da assistência médica das unidades de saúde vinculadas ao Sistema Único de saúde (SUS).
A eficiência médica, tanto no atendimento emergencial quanto no tratamento após a estabilização do paciente, é extremamente necessária para assegurar a sobrevivência e qualidade de vida de vítimas de AVC, também chamado de derrame cerebral.
De acordo com os neurologistas e neurocirurgiões consultados pela CFM, em 87,9% dos hospitais públicos do país que acolhem pacientes em crise aguda de AVC faltam leitos de internação; em 93% não há ressonância magnética disponível em até 15 minutos; e em 32% inexiste tomografia computadorizada.
O grupo de médicos que respondeu aoquestionário relatou ainda a ausência de leitos de UTI e emergência para pacientes isquêmicos, que precisam usar trombolíticos em 63,6% dos serviços.
De forma geral, essas unidades carecem desse medicamento (52,6%) e de uma triagem para identificar os pacientes com AVC (57,5%).
Os dados levantados pelo CFM, que cruzou informações do Ministério da Saúde entre 2008 e 2016, expôs que o estado de Alagoas contabilizou, ao longo de 9 anos, 25.950 internações de pacientes vítimas de AVC.
Já no período de 2008 a 2014 Alagoas registrou 11.928 mortes provocadas por AVC, apresentando uma variação de 4,9% de aumento ao longo do período.
Derrame Cerebral
O Acidente Vascular Cerebral ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada.
Fonte: G1
Foto: Revista Viva Saúde