Em reunião na tarde de quarta-feira, 22 de março, médicos do Hospital Caridade de Canguçu rejeitaram proposta de retornar ao trabalho sem garantias de pagamento e decidiram, por unanimidade, manter a paralisação dos serviços. Além da falta de condições de trabalho, há atrasos nas remunerações que chegam a 22 meses. É o caso dos cirurgiões que não recebem desde abril de 2015 e permaneceram trabalhando até o dia 7/3.
Os atendimentos de urgência e emergência continuam sem alteração, porém, estão ameaçados, pois a administração do hospital e a prefeitura não chegam a um acordo e apenas um médico está responsável pelo pronto socorro, quando deveria haver um segundo profissional. O fato é grave e o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) levou ao conhecimento do Conselho Regional de Médicina do Rio Grande do Sul (Cremers) e órgãos competentes.
“Entendemos a situação financeira delicada do hospital, mas a administração parece não se empenhar na solução desse impasse. Quem perde com isso é a comunidade”, comenta um dos integrantes do corpo clínico. O Sindicato encaminhou nova proposta à administração, em caráter emergencial. Conforme os profissionais, há disposição em retornar ao trabalho imediatamente, mediante o compromisso formal de que o trabalho que prestam ao hospital seja remunerado devidamente.
Fonte: Simers