A vitamina D tem reconhecida função no desenvolvimento e manutenção do tecido ósseo e homeostase do cálcio e do fósforo. Mas como adquirir a vitamina D em tempos onde o uso do protetor solar é imprescindível? Conforme a membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e professora Beatriz Schaan, de fato existe um efeito do protetor solar em diminuir a formação da vitamina D. “Podemos adquirir essa vitamina pela luz solar e pela alimentação. A pessoa que usa protetor solar costuma ter nível de vitamina D um pouco mais baixo, porém, o protetor esta relacionado com a prevenção do câncer de pele por isso não devemos deixar de usá-lo”.
A endocrinologista alerta ainda que a reposição de vitamina D é importante em pessoas que já possuem alguma doença que limite sua ativação no nosso organismo, como doenças hepáticas, renais ou de má absorção intestinal. “Há médicos que indicam a reposição em pessoas saudáveis, mas esta reposição não tem benefícios comprovados”.
Um adulto saudável precisa consumir, em média, 5 microgramas por dia de vitamina D e garantir uma exposição à luz solar de 20 minutos diários. “Uma caminhada a pé para o trabalho já ajuda”, destaca Beatriz.
É importante também cuidar a alimentação. Os alimentos ricos em vitamina D são especialmente de origem animal: óleo de fígado de bacalhau, salmão cozido, ostras cruas, arenque fresco, leite, ovo cozido, fígado de galinha e sardinhas enlatadas.
A vitamina D tem reconhecida função no desenvolvimento e manutenção do tecido ósseo e homeostase do cálcio e do fósforo. Uma vez ingerida ou sintetizada na pele sob ação dos raios ultravioleta, a vitamina D é ativada no fígado e rins e circula no sangue. Estes níveis no sangue refletem os estoques corporais desta vitamina. A deficiência de vitamina D prejudica a mineralização óssea, podendo levar ao raquitismo e osteomalácia, além de se associar à fraqueza muscular. Classicamente, repor cálcio e vitamina D é útil na prevenção e tratamento da osteoporose e redução de quedas em idosos.
A possibilidade de dosar vitamina D no sangue e a descoberta de que ela teria efeitos em outros órgãos e sistemas que não apenas sua conhecida função no sistema ósteo-muscular, levou a um aumento enorme dos pedidos deste exame, assim como a indiscriminada prescrição de compostos contendo vitamina D. A deficiência da vitamina D é comum em todas as faixas etárias, especialmente em idosos e gestantes, com prevalência de 20 a 100%, dependendo da população avaliada e dos níveis considerados normais.
Fonte: Simers