Funcionários da Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Boa Vista, na região do Butantã, zona oeste da capital paulista, realizaram nesta quarta-feira de manhã, 18, uma reunião com a população atendida na unidade para explicar os prejuízos que a troca de gestão na rede pública municipal tem proporcionado ao trabalho e, consequentemente, ao atendimento no local.
“Explicamos o que é uma organização social (OS), que nós não somos funcionários da prefeitura e todas as questões referentes à transição na gestão”, disse um médico que trabalha na unidade.
A troca de OSs na gestão das UBSs, vinculadas à Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, mobilizou médicos e demais profissionais da saúde da região do Butantã, zona oeste da capital, contra as demissões coletivas e o consequente desmonte que vem sendo promovido pela nova gestora, a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), que substituiu a Fundação Faculdade de Medicina (FFM).
Em assembleias realizadas com representantes do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), os médicos denunciaram que as demissões estão sendo feitas coletivamente e que profissionais estão sendo recontratados para as vagas recebendo menores salários, além de mudança daqueles que ficam para outras localidades, ignorando o vínculo dos trabalhadores com a população local.
Na reunião com os pacientes, os profissionais distribuíram panfletos explicativos dizendo que, embora as demissões não incluam os médicos, o serviço deles tem sido diretamente afetado pela saída de enfermeiros, pessoal administrativo, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos e dentistas.
Na sexta-feira 13 de maio, funcionários e a população do Boa Vista realizaram passeata e abraço coletivo em protesto contra a forma como a transição de OSs vem sendo conduzida.
Fonte: Simesp