Dirigentes da FMB participaram de uma importante reunião que teve como objetivo discutir os pré-requisitos para acesso aos programas de Residência Médica em especialidades, áreas de atuação e anos adicionais de formação.
“No contexto atual, algumas especialidades médicas exigem a conclusão prévia de uma residência médica específica. Por exemplo: cardiologia, é necessário concluir a residência em clínica médica. Na cirurgia plástica, há a exigência de residência em cirurgia geral. Na endocrinologia pediátrica o médico precisa ter feito residência em pediatria”, aponta Marnio Solermann Silva Costa, diretor de Assuntos Jurídicos da FMB.
O dirigente acrescenta que essa exigência ou pré-requisito, alavancou uma discussão em torno da equivalência entre o título de especialista, emitido por sociedades médicas específicas, e o certificado de conclusão de Residência Médica.
“Atualmente, além do caminho da Residência, é possível o médico obter o título de especialista por meio de provas de suficiência conduzidas pelas respectivas sociedades médicas em parceria com a AMB. No entanto, esses profissionais, apesar de serem especialistas, não atendem aos pré-requisitos para ingressar em determinadas residências, como no caso da cardiologia”, enfatiza o secretário geral da FMB, Edmar Fernandes.
Durante a reunião, a maioria das entidades médicas manifestou-se a favor de uma equivalência entre os dois sistemas de titulação e esse assunto deve voltar a ser discutido em um próximo encontro.
“Esta questão é crucial para a estruturação da formação médica no Brasil e continuará sendo monitorada de perto pelas entidades médicas envolvidas”, finaliza Marnio.
Além da FMB, participaram do encontro o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), a Federação Nacional dos Médicos (FENAM), a Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), a Academia Nacional de Medicina e a Federação Brasileira das Academias de Medicina.