Em Assembleia Geral Extraordinária com os médicos da Santa Casa de Misericórdia do Pará, na última segunda-feira (9), foi deliberado que os profissionais irão cumprir os plantões extras até janeiro de 2025. A exigência dos plantões extras é fruto da superlotação no Hospital. O fluxo intenso na unidade tem causado sobrecarga aos profissionais que também convivem com a falta de materiais e leitos insuficientes, fazendo com que pacientes sejam alocados nos corredores e em alguns casos, até no chão do Hospital.
O Sindmepa vai encaminhar ofício para a Secretaria de Saúde de Belém (SESMA) solicitando esclarecimentos e providências. O Sindicato também deseja discutir com a gestão pontos fundamentais para prestação dos serviços na Santa Casa, como a Gratificação de Alta Complexidade, PCCR, Regulação do Estado e Retaguarda de Leitos para Gestação Habitual, com o objetivo de organizar o fluxo de pacientes encaminhados à unidade.
O documento também será encaminhado para a Secretaria de Saúde do Estado do Pará (SESPA), ao Ministério Público do Estado e ao Conselho Regional de Medicina.
No dia 3 de setembro, a diretoria do Sindicato dos Médicos do Pará, representada pelos diretores, Maurício Vulcão, Eduardo Amoras e Patrick Manesk, participou de audiência com o Presidente da Fundação Santa Casa do Pará, Bruno Carmona. A reunião teve o objetivo de discutir a exigência de cumprir até duas escalas extras mensais devido à superlotação no Hospital. A medida foi determinada através de uma instrução normativa com vigência a partir de 1° de setembro. Todos os encaminhamentos da audiência foram apresentados aos médicos da Santa Casa durante a AGE.
“Nós tínhamos aqui uma estratégia de nem passar para os outros pontos de pauta se houvesse uma intransigência ou algum tipo de resposta, do nosso ponto de vista, negativo quanto a questão principal dessa reunião, que foi a questão da imposição dos plantões extras. Mas no final, o encaminhamento foi bom”, avaliou o diretor jurídico do Sindmepa, Maurício Vulcão.
Estiveram presentes também na reunião, os assessores jurídicos do Sindmepa, Leonardo Watanabe e Sandra Mourão, e as médicas, Leucy Paz e Patrícia Arruda.