As demandas de valorização dos médicos municipários de Porto Alegre e o andamento da Operação Inverno foram as principais pautas discutidas pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) com o secretário de Saúde da Capital, Fernando Ritter, na tarde desta quarta-feira, 26. O presidente do Simers, Marcos Rovinski, e o diretor de Porto Alegre da entidade, Vinícius Mello, estiveram na sede da pasta, quando também apresentaram as demandas dos profissionais ao diretor de Atenção Hospitalar e Urgências de Porto Alegre, Favio Télis, e ao diretor do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), Cincinato Fernandes Neto.
Durante a reunião, o presidente do Simers solicitou ao secretário a participação da entidade na mesa de negociação para definir a reposição dos servidores referente à data-base de 2024. “O gestor nos informou que, devido à calamidade, não abrirá a mesa neste ano. Entretanto, reforçamos a necessidade de fazermos parte deste processo, pois desde fevereiro o Simers é o representante legal dos médicos municipários”, destacou Rovinski.
Ainda dentro da defesa dos médicos que atuam na Capital, o Simers também pediu ao secretário Ritter um maior controle sobre os contratos realizados para a prestação de serviços médicos, para garantir a lisura das empresas no pagamento dos profissionais. “Infelizmente, a terceirização na Saúde abre brechas para a precarização das relações de trabalho e o que vemos em todo o estado são médicos sem receber pelos serviços prestados. Por isso, nosso apelo aos gestores para o compromisso com a contratação de instituições idôneas”, afirmou Mello.
Operação Inverno
Uma das constantes preocupações do Sindicato Médico tem sido a ampliação da estrutura de atendimento em Saúde nos meses de frio, a chamada Operação Inverno. Tema que também foi abordado com o secretário municipal pelo diretor de Porto Alegre do Simers. “Questionamos o que já foi feito para que não faltem leitos para o tratamento das doenças respiratórias, as quais já lotam as emergências. Ouvimos que foram abertos 135 leitos adultos e infantis, de UTI, enfermaria e suporte de ventilação em quatro hospitais, situação que vamos acompanhar de perto nas visitas que estamos realizando, conversando com os médicos”, disse Mello.
Programa Médicos pelo Brasil
O Simers também cobrou da SMS a atualização sobre o andamento do pagamento retroativo das bolsas aos 27 profissionais inscritos no Programa Médicos pelo Brasil. Eles estão há dois anos sem o incentivo do Ministério da Saúde, voltado para o provimento de médicos na rede básica, a partir de uma contrapartida dos municípios. “Em agosto do ano passado, nos foi garantido que já existia o recurso para os repasses, mas os médicos até agora não receberam este o incentivo prometido”, reforça Rovinski.