Relatos de incidentes de violência nas adjacências das unidades de saúde são frequentes e ações adotadas são insuficientes para inibir a criminalidade
No dia 19 de junho, uma médica residente sofreu sequestro relâmpago ao lado do Posto de Saúde Irmã Hercília, no bairro São João do Tauape, em Fortaleza, às 17 horas, onde atua. Após tomar conhecimento do caso, o Sindicato dos Médicos do Ceará enviou ofício, na última quarta-feira (10), ao secretário de Saúde de Fortaleza, Galeno Taumaturgo, solicitando medidas de segurança.
No ofício, a entidade também ressalta que não se trata de um caso isolado, pois tem recebido frequentes relatos de incidentes de violência nas adjacências dos postos de saúde da cidade, o que evidencia a falta de segurança adequada para os profissionais.
“Temos alertado diversas vezes a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza para o aumento da violência no entorno e dentro das unidades de saúde constantemente, mas, infelizmente, as medidas adotadas não têm sido suficientes para inibir a criminalidade”, aponta Dr. Max Ventura, presidente do Sindicato dos Médicos.
Casos de violência
De 2021 a abril de 2024, durante a gestão do prefeito José Sarto, o Sindicato dos Médicos já enviou 18 notificações requerendo reforço da segurança nas unidades de saúde.
A entidade também realizou pesquisa para avaliar o clima de insegurança dos médicos em seus locais de trabalho. Conforme o levantamento, 88,5% dos médicos cearenses já sofreram ou presenciaram algum tipo de violência, sendo maioria (30,6%) nos postos de saúde, em seguida as UPAS (20%), hospitais secundários (17,6%) e hospitais terciários (16,5%).
Diante da recorrência de casos de violência, o Sindicato dos Médicos do Ceará reforça a necessidade da implantação de medidas mais enérgicas e ostensivas para garantir a segurança dos profissionais de saúde e pacientes.
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará