O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) está em campanha salarial. A luta é pela reformulação do plano de carreira, cargos e salários e por novas contratações (em condições mais atrativas) de médicos para a rede pública de saúde. O Sindicato espalhou outdoors por diversos pontos da cidade, faz campanha nas mídias sociais e insiste na abertura de negociações com o Governo do Distrito Federal. Pediu, inclusive, a mediação do Ministério Público do Trabalho. (Veja as fotos das reuniões e da campanha de rua)
Das 497 nomeações de médicos feitas pelo Governo do Distrito Federal em 2024, o sistema de informação (InfoSaúde) da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), indica que ingressaram 111. A consulta ao sistema foi feita no dia 17 de junho. O aumento no quadro de servidores da SES-DF, no entanto foi de apenas 45 médicos, pois no mesmo período houve a perda de 66 especialistas.
“Preocupa o fato de que, embora tenha havido contratações, diminuiu o número de médicos em especialidades estratégicas, como clínica médica, medicina de família e comunidade, cardiologia, ortopedia, medicina intensiva adulto e medicina de emergência”, aponta o presidente do SindMédico-DF, Dr. Gutemberg Fialho.
A única especialidade que teve um número substancial de contratações foi ginecologia e obstetrícia, com 60 postos de trabalho preenchidos. Outras 19 especialidades receberam número pouco significativo de médicos. Em contrapartida, ouve diminuição do número de médicos em 21 especialidades. Exceto as especialidades de medicina de família e comunidade e medicina de emergência, todas as demais contam com menos médicos do que havia há dez anos.
Em abril de 2014, o quadro de servidores da SES-DF contava com 5.546 médicos. Hoje, são apenas 4.160, nas unidades de saúde sob administração direta da SES-DF. Outros 495 médicos estão cedidos ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF) e 33 ao Hospital da Criança de Brasília (HCB).