O diretor de Interior do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Luiz Alberto Grosi, representou a entidade em reunião com deputada federal, Any Ortiz, titular e relatora da Comissão Especial sobre Violência Obstétrica e Morte Materna. O encontro, promovido pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), ocorreu de forma hibrida, na noite de segunda-feira, 29. A saúde da mulher, os direitos da gestante e o acesso a um parto seguro, foram os pontos apresentados pela deputada, e que fazem parte dos sete Projetos de Lei que estão em discussão na Comissão Especial.
“É importante essa apresentação e a fala da deputada para as entidades de representação médica e principalmente para os especialistas da área. Pois a proposta desses Projetos de Lei, que terão efeito a nível nacional, irão garantir a segurança das parturientes, gestantes e bebês”, salientou o diretor do Simers.
O uso do termo “Violência Obstétrica” também esteve na. Any Ortiz argumentou que a expressão responsabiliza o médico obstetra, de forma exclusiva, pelas intercorrências que podem vir a acontecer com a gestante e o recém-nascido.
“Viemos aqui para apresentar o que estamos propondo e discutindo na Comissão e para ouvir os profissionais que atuam diariamente, pois esse assunto, que é caro a todos nós, precisa ser tratado da forma que merece. Nos casos em que realmente houver uma violência, haverá punição nos termos da lei. Nosso objetivo é melhorar o tratamento desse tema, sem criminalizar os obstetras”, salientou a deputada Any Ortiz.
Grossi reafirmou que, “o Simers é parceiro e apoia a retirada do termo violência obstétrica, pois criminaliza o médico, não é adequado e não condiz com o preconizado pela prática médica. Violência é não ter maternidades à disposição e expor gestantes a falta de médicos e estruturas adequadas”, ponderou o diretor do Sindicato.
O deputado estadual, ginecologista e obstetra, Thiago Duarte, apontou que é necessário garantir a segurança da saúde da gestante através da assistência ao pré-natal, assistência ao parto e planejamento familiar.
Diversos especialistas e representantes de entidades médicas participaram da reunião, e salientaram a relevância da pauta estar presente no Congresso Nacional, pois o cenário atual já está afetando a área da obstetrícia. E esperam que os projetos da deputada ajudem a não demonizar os médicos e sim valorizar o trabalho dos obstetras e a defesa do atendimento de qualidade a puérperas, mulheres grávidas e parturientes.
Participaram da reunião o presidente da Amrigs, Gerson Junqueira Jr; o diretor de Defesa Profissional da Associação Médica Brasileira (AMB), Carlos Henrique Mascarenhas Silva; o presidente da Associação Médica Brasileira, César Fernandes; o presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul (SOGIRGS), Lucas Schreiner; o presidente da Unicred Porto Alegre, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, José César Boeira, e a diretora de Defesa e Valorização Profissional da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Lia Damasio.