O SIMESC esteve na quarta-feira, 17 de abril, em reunião com o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza. Em pauta, a greve dos servidores públicos federais que alcança com prejuízos, o trabalho dos médicos no HU/UFSC.
“Nossa conversa tratou de garantias de atendimento com qualidade aos pacientes, o pagamento das bolsas dos estudantes e médicos residentes e claro, de pedir interferência do reitor na negociação para que a greve seja encerrada com mais brevidade”, destaca o presidente do SIMESC, Cyro Soncini, que também vê com gravidade algumas manifestações descabidas do lado do movimento grevista contra o superintendente do hospital, Dr Spyros Cardoso Dimatos.
“Nessa greve, quem mais está prejudicado é a reitoria. Todas as reclamações chegam aqui. A negociação é o caminho e não acredito que incentivar o desgaste do movimento seja a saída. O prejuízo é enorme”, comenta Irineu.
De acordo com a diretora clínica do HU/UFSC, Dra Patrícia de Almeida Vanny, há 50 leitos fechados e um receio de problemas maiores caso o movimento persista por mais alguns dias. “A greve impacta muito na assistência. Temos que pensar no paciente e também nos estudantes que temos que preparar para que sejam profissionais qualificados”, destaca.
“Está em suas mãos um dos hospitais mais complexos do Estado. Aqui temos ensino, pesquisa, extensão e assistência. Se tiver como interferir, será muito importante”, destaca o secretário-geral do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa, sem desmerecer a negociação de reajuste de salário aos médicos.
Marcelo Ângelo, diretor do SIMESC e que acompanhou a reunião, a questão da remuneração dos médicos, caso não seja resolvida, vai afastar muitos médicos do HU/UFSC. “Temos colegas que são concursados há anos saindo do hospital. Isso é um prejuízo muito grande para o hospital, que reflete no atendimento aos pacientes”, destaca.
*Em Brasília
A Federação Médica Brasileira (FMB), entidade à qual o SIMESC é filiado, participou de reunião com o presidente e diretores da Ebserh no mesmo dia, com o assunto da greve na pauta. O representante da FMB, Leonardo Alcântara insistiu na necessidade de conversas e entendimento para encaminhar a negociação.
O reitor se comprometeu em promover conversas com sobre o assunto com dirigentes da Ebserh para se atualizar das demandas apresentadas pelos representantes do SIMESC.