Cobrança envolve condições de trabalho e melhor remuneração pelos plantões extras
O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), representado pela diretora Vilma Hutim e pelo assessor jurídico Yúdice Andrade, participou de audiência na Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), nesta quinta-feira (7), em Belém, para tratar de condições de trabalho dos médicos e pagamento de salários e gratificações. Os diretores foram recebidos pela diretora de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Dgtes), Kelly de Cassia Silveira.
A reunião teve como objetivo retomar as discussões sobre plano de carreira e de cargos e salários que vinham sendo encaminhadas com o Sindmepa em gestões anteriores da Sespa. A pauta já foi reaberta com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Pará (Sindsaúde). “Solicitamos a possibilidade de inclusão do Sindmepa nessa pauta. O que foi de pronto atendido. Nas próximas reuniões o Sindmepa será informado para participação”, disse Vilma Hutim.
A diretora da Dgtes informou ao Sindmepa que o reajuste de salários e plantões extras está em análise. Segundo Kelly Silveira, técnicos do governo desenvolvem estudos e estão em negociações com as várias categorias da área da saúde para prover correções salariais dentro do orçamento. “Tem agenda do governo para definir percentual para saúde ainda em março de 2024”, afirmou Kelly aos diretores do Sindmepa. “Os reajustes incidem sobre o vencimento-base e proventos, inclusive plantões extras. Não existe possibilidade de reajuste somente de plantão extra, isolado”, disse a diretora do Dgtes.
Kelly Silveira solicitou ao Sindmepa um levantamento específico de condições de trabalho nas unidades de saúde do Estado, no que se refere a materiais e equipamentos. “A diretora da Sespa sugeriu fazer verificação para identificar qual estabelecimento tem problemas, para que sejam acionados os diretores responsáveis pelas instituições e que seja feita discussão direcionada com os responsáveis na rede estadual”, disse Vilma Hutim.
“Ficamos de enviar um ofício para o gabinete, via e-mail, discriminando as situações vivenciadas pela rede estadual. Foram citadas dificuldades quanto à marcação de atendimento no CIIR (Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação) e Policlínica especializada. Os pacientes estão com as guias de referências em mãos há meses e não conseguem vagas. Segundo os usuários, as unidades de saúde dizem que não há vaga”, relatou Vilma Hutim.
Além da diretora Kelly Silveira, pela Sespa também participaram da reunião Liandra Magno, assessora de gabinete; Thiago Mendonça, consultor jurídico; Cinthya Faro, gerente de controle e provimento de salários; e Adriano Correa, coordenador da Comissão de Plantão/Sespa.