Dirigentes da FMB e dos sindicatos do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Maria e Rio Grande, reuniram-se em Florianópolis, em evento realizado pelo Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (SIMESC), para debater e alinhar temas que afetam a vida dos médicos. Representando a FMB, participaram do encontro o presidente Tadeu Calheiros e o secretário geral adjunto, Guilherme Pulici.
“Esse ano tivemos um aumento grande do número de sindicatos que se filiaram à FMB, entre eles, quatro dos seis aqui da região sul do Brasil”, destaca Tadeu.
“Somos uma categoria forte e muitas vezes não sabemos usar essa força para defender a saúde. Precisamos ter claro que quando valorizamos o médico e suas condições de trabalho, estamos defendendo a saúde”, complementou o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul, Marcos Rovinski.
“A integração com os sindicatos médicos da Região Sul e com a representação nacional é extremamente necessária. Agradecemos a presença de todos que aceitaram o nosso convite e estiveram presentes em Santa Catarina para discutir melhorias para a categoria”, avaliou o presidente do SIMESC, Cyro Soncini.
Debates
Entre os debates, a Lei 14.737 publicada recentemente, que amplia o direito da mulher de ter acompanhante nos atendimentos realizados em serviços de saúde públicos e privados, com ou sem necessidade de sedação. As dificuldades enfrentadas nos hospitais administrados pela EBSERH foi outro ponto importante compartilhado entre os dirigentes. “A FMB assegurou neste ano acento na mesa de negociação com a EBSERH e em grupos de trabalho, o que garante voz aos médicos”, disse Guilherme Pulici.
“Em Rio Grande a rotatividade é muito grande em todas as áreas. Além disso, a métrica estabelecida é contra as condições reais de trabalho”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Rio Grande, Sandro Oliveira.
A qualidade da formação médica foi o assunto que o presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Maria, Walter Prienitz, chamou atenção. “Temos o dever de dar um suporte ao médico em formação, algo que estamos fazendo gradativamente. Eles precisam estar preparados de forma adequada para que se sintam seguros em trabalhar”.
Representação política
Tadeu Calheiros enfatizou a necessidade da representação política local e nacional. “Quem é que cria as leis? Os médicos precisam estar envolvidos para contribuir com pautas como a dos acompanhantes, Mais Médicos, entre tantos outros temas que interferem na saúde da população e no trabalho médico”.
Fortalecimento da FMB
A compreensão unânime entre os dirigentes participantes é de que a FMB vive um grande momento de apoio e fortalecimento por meio dos médicos e sindicatos de base.
“Confiamos plenamente no trabalho da FMB e reconhecemos a importância fundamental de os Sindicatos do Sul estarem alinhados, contribuindo de maneira ativa e colaborativa para fortalecer nossa representação nacional. A união é a chave para defender os interesses, direitos e condições de trabalho dos médicos em todo o Brasil”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Paraná, Darley Rugeri Walmann.
“Hoje a FMB é sólida, muito forte, e isso foi construído com o apoio dos Sindicatos. Nossas reuniões são abertas para todos os presidentes de base, pois entendemos que esse conjunto é que colabora para melhores resultados”, complementou Tadeu.