Após o recebimento de denúncias de superlotação e equipe médica incompleta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) José Walter, o Sindicato dos Médicos do Ceará acionou a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), na última segunda-feira (13), por meio de ofício, solicitando condições adequadas para o atendimento. Desde setembro, os médicos enfrentam carga de trabalho excessiva.
De acordo com informações recebidas pela entidade, vários profissionais deixaram a equipe e não foram realizadas novas contratações. Com isso, os plantões estão sendo conduzidos por apenas um ou dois médicos, quando o ideal seria contar com três, o que tem provocado longas filas de espera.
Conforme os relatos, recentemente, os profissionais depararam-se com cerca de 70 pacientes aguardando pacientes por volta das 19 horas. Além disso, nove pacientes estão internados em cadeiras de plásticos na sala de medicação por falta de leitos de internação.
Profissionais enfrentam restrições
Ainda de acordo com os profissionais, as condições precárias estão impactando também no acesso a necessidades básicas, como repouso médico inadequado, intervalos para refeições e idas ao banheiro.
“A administração da UPA, apesar de ciente da situação, tem se recusado a contratar o terceiro médico necessário para aliviar a sobrecarga da equipe. A situação é ainda mais preocupante, pois os profissionais do eixo adulto, por muitas vezes, precisam assumir os atendimentos do eixo infantil devido a frequente ausência de pediatras”, ressalta Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e assegura que acompanhará a situação até que a Sesa e o ISGH adotem as medidas necessárias para garantir um ambiente de trabalho seguro e atendimento adequado.
Foto: Fabiane de Paula/DN
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará