Médicos da Unidade de Pronto Atendimento de Altamira suspenderam parcialmente suas atividades, na última quarta-feira (08), restringindo os atendimentos aos pacientes classificados em laranja e vermelho, conforme protocolo de Manchester. O movimento protesta contra diversos problemas de gestão e contra o atraso de pagamento referente aos serviços prestados em setembro.
Em que pese a UPA seja destinada a casos de urgência e emergência, na prática ela também presta cuidados básicos à população altamirense, e assim “organiza e estabelece bases ao SUS, além de assegurar o acompanhamento e a saúde da população, impedindo gastos excessivos com hospitalização e tratamento de doenças que são extremamente prejudiciais, tanto para a população como para a gestão”, conforme documento protocolado no Sindmepa.
Segundo a empresa FDA MEDICAL, que provê a mão-de-obra médica, a causa da inadimplência é a ausência de repasses por parte do poder público municipal. A despeito das cobranças, não foi dada sequer previsão de regularização dos débitos. Os profissionais fizeram as devidas comunicações prévias, inclusive à Secretaria de Saúde daquele Município, ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará e ao Ministério Público local, mas sem obter qualquer sinalização do Poder Executivo, iniciaram o movimento, porém garantindo o atendimento dos casos graves.
O Sindmepa está acompanhando o caso e se soma aos esforços para garantir tratamento digno aos médicos de Altamira, em mais este episódio de precarização do trabalho da categoria.