O presidente da FMB, Tadeu Calheiros participou da Audiência Pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, conduzida pela deputada federal, Carla Zambelli nesta terça-feira, 8 de agosto. A atividade teve a participação de representantes do Ministério da Saúde, ex-dirigentes do programa Mais Médicos e de todas as entidades médicas brasileiras.
“É muito simplista acreditar, vendo nessa audiência pública, representantes de todas as entidades médicas, que ser contra o programa Mais Médicos é reserva de mercado”, aponta Tadeu.
De acordo com o presidente da FMB, a forma como o programa foi conduzido no passado e como foi aprovado para ser colocado em prática nessa gestão, dá a “clara impressão que é uma moeda de troca política. Ao invés de estarmos falando na carreira médica de Estado em nível nacional, estamos falamos de programa de estágios pra suprir a assistência como se assistencialista fosse! Parece a gente concordar com medicina “de pobre pra pobre”, sem registro de médico no Brasil, sem Revalida”, destaca Tadeu, ao frisar que a população precisa ser respeitada e receber atendimento médico de qualidade onde quer que resida e independente de sua classe social.
De acordo com Tadeu, a discussão deveria estar centrada em “uma carreira de médico de estado que tivesse planos, migração dos médicos para o interior com incentivos. Temos que olhar e investir na residência médica, em que a bolsa corresponde a apenas R$ 4 mil por mês e não optar por investir em quem não comprova a formação em Medicina e que recebe R$ 12 mil”, acrescenta.
Participaram da audiência pública Felipe Proenço de Oliveira (diretor do Programa da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde – SAPS/MS), Luciana Maciel de Almeira Lopes (diretora do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, representando a ministra da Saúde, Nísia Trindade), Rafael Carneiro Di Bello (diretor de Auditoria Especializada em Saúde do Tribunal de Contas da União), Jeancarlo Fernandes (vice-presidente do Conselho Federal de Medicina), Raphael Câmara Medeiros Parente (ex-gestor do Programa Mais Médicos), Mayra Pinheiro (ex-gestora do Programa Mais Médicos), César Eduardo Fernandes (presidente da Associação Médica Brasileira), Lúcia Santos (presidente da Fenam), Lincoln Lopes Ferreira (presidente da Confemel) e Luiz Antônio Cunha (presidente da Comissão de Políticas Médicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia).