O projeto de implantação de telemedicina na rede pública de saúde ainda precisa ser amplamente discutido, apesar de já ser realizado em algumas unidades. A novidade pode abrir brecha para aumentar ainda mais a desvalorização da classe médica. Há décadas a categoria vem enfrentando vínculo trabalhista precarizado, com péssima remuneração, e sem garantia de direitos, e demanda exaustiva. O receio é haver piora, dependendo da forma como os gestores pretendem lidar com o novo recurso.
Em Alagoas, o projeto foi introduzido em junho de 2022 e atualmente funciona nas cidades de Mata Grande, Pariconha, Água Branca, Inhapi, Delmiro Gouveia, Olho d’Água do Casado, Piranhas, Jacuípe, Maragogi, Porto Calvo, Japaratinga, Matriz do Camaragibe, Passo do Camaragibe, Porto de Pedras, São Luiz do Quitunde e São Miguel dos Milagres. Em Maceió o serviço de telemedicina também é ofertado em algumas UBSs. O ideal é que se priorize atendimento presencial, com remuneração justa. Em último caso, havendo comprovada ausência de determinadas especialidades, recorrer ao serviço virtual.
Fonte: Sinmed-AL