Com a presença de mais de 65 representantes sindicais médicos e estudantes de medicina de todas as regiões do país, a Federação Médica Brasileira esteve presente neste 29 de junho, do primeiro dia do 14º Encontro Nacional de Entidades Médicas, em Brasília. Há cinco anos o evento não era realizado e conta com a participação de representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR).
A abertura do evento teve a participação da ministra da Saúde, Nísia Trindade e na programação, os debates do primeiro dia foram sobre formação médica e o sistema público de saúde. O resultado das discussões será apresentado ao final do evento e representará a decisão tomada pelos aproximadamente 300 delegados médicos.
O presidente da FMB, Tadeu Calheiros, afirmou ter certeza que serão dias produtivos. “Poderemos superar as barreiras de qualquer ideologia e definir uma agenda conjunta para as entidades médicas a partir de pautas como a carreira de estado e Revalida e, assim, avançarmos com todos os médicos do Brasil”.
“É um momento muito importante porque os eixos de debate são fundamentais não só para a medicina como para a sociedade. Estamos em uma delegação bem representativa em que comprovamos à sociedade que não estamos somente pensando na classe médica, mas também, nos pacientes”, destaca o vice-presidente da FMB, Fernando Mendonça.
Ministra
A ministra Nísia ressaltou que há diversos sinais de mudança da medicina no século XXI, como a inversão do predomínio masculino na profissão, e ponderou: “como responder aos desafios presentes? O primeiro passo é o restabelecimento do Ministério da Saúde como coordenador do Sistema Único de Saúde e das grandes linhas de políticas públicas em saúde, seguido pela valorização do conhecimento científico para definição das políticas públicas”.
Ressaltando a importância de buscar consensos, “apesar das divergências de compreensão sobre pontos como o programa Mais Médicos”, destacou que o ministério da Saúde trabalhará pela valorização das residências médicas, da profissão médica na defesa do exercício com dignidade e qualidade no atendimento à população na atenção primária e especializada. “Estamos com um processo em curso com o ministério da Educação para trabalhar aspectos da formação médica com critérios para os cursos de medicina, que é fundamental para a atenção de qualidade à nossa população”, afirmou a ministra.
Para o segundo dia, os debates serão concentrados nos eixos mercado de trabalho e saúde suplementar.