O objetivo é garantir segurança permanente aos profissionais e pacientes diante dos inúmeros casos de violência e ameaças
O Sindicato dos Médicos do Ceará formalizou o pedido para que os novos concursados da Guarda Municipal sejam direcionados para realizar a segurança permanente nas unidades de saúde de Fortaleza. A sugestão foi apresentada pelo diretor da entidade, Dr. Edmar Fernandes, durante reunião promovida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (CREMEC), no dia 13 de junho, para debater a questão da insegurança nos postos de saúde.
A solicitação foi encaminhada, na última quinta-feira (15), à Secretaria Municipal de Segurança Cidadã (Sesec). No ofício, o Sindicato dos Médicos reforçou preocupação diante das inúmeras denúncias de ameaças, violências e assaltos praticados contra os funcionários e pacientes.
A entidade também destacou os últimos episódios ocorridos no Posto de Saúde Luís Franklin, no bairro Coaçu, nos meses de janeiro e março, em que funcionários foram vítimas de roubo, com emprego de armas de fogo. Outro episódio relatado foi do Posto de Saúde Anísio Teixeira, em Messejana, onde assaltantes armados renderam um médico e roubaram o seu veículo.
“Além desses relatos, recebemos diversas denúncias de ameaças a médicos dentro dos consultórios, muitas vezes por falta de profissionais suficientes, que gera a demora nos atendimentos e revolta a população”, completou Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
A sugestão apresentada pela entidade é que parte dos novos guardas municipais, conforme concurso público realizado recentemente, seja alocada nas unidades de saúde do município, visando a segurança dos locais e resguardando os profissionais de situações de violência.
O Sindicato também ressaltou que, conforme previsto no Código de Ética Médica, é direito do médico, recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas, ou possam prejudicar a própria saúde, ou a do paciente. Assim como, poderá suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reafirma seu compromisso com a categoria e reitera que continuará tomando todas as providências cabíveis para garantir a segurança dos profissionais e dos pacientes.
Foto: Ricardo Lima/CGC
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará