Como se não bastasse atrasar o repasse de recursos do SUS aos hospitais, o governo do Estado decepcionou ao anunciar reajuste zero para os servidores, o que rendeu protesto na frente do Palácio dos Martírios, na última quinta-feira, e Paulo Dantas imediatamente propôs 5,79% em duas parcelas (contando a partir de abril 2024), mas houve rejeição. Tinha sido solicitado 15% , o que nem daria grande impacto. Queremos e merecemos valorização. Continuamos lutando por reajuste e abertura de concurso.
Além do salário aviltante, o número de médicos do Estado é insuficiente para a demanda: apenas 981, distribuídos entre Uncisal e Sesau. Os precarizados ultrapassam o dobro, e trabalham sem direito a nada. A população começa a sinalizar contra esse tipo de exploração: temos recebido manifestação de apoio por parte das comunidades onde atendemos. Quem toma ciência do fato não se conforma com a oferta crescente de subemprego promovida por gestores públicos, que afinal deveriam dar bom exemplo de empregabilidade e respeito aos profissionais.
Outro problema é que o ambiente continua tenso nas unidades de saúde, principalmente nos hospitais, SAMU e UPAs, após retirada dos seguranças. O Sinmed ratifica que a medida jamais deveria ter sido tomada. Se fosse mesmo necessário fazer a dispensa, que o fizesse só após garantir substituição imediatamente dos serviços. Quem vai se responsabilizar judicialmente caso ocorra alguma consequência grave? Estamos todos em risco – trabalhadores e pacientes.
Fonte: Sinmed-AL