“Sindicato dos Médicos pede: segurança para todas as unidades de saúde” é o slogan da campanha lançada pelo Sindicato dos Médicos de Alagoas, nesta segunda-feira (12). No mês passado, os vigilantes que prestavam serviço ao Estado de Alagoas, sobretudo em hospitais, UPAS e SAMU, tiveram seus contratos cancelados. Centenas de profissionais foram mandados embora, sem qualquer aviso prévio e deixando os postos e hospitais completamente desguarnecidos.
O Sinmed-AL pede que essa situação seja regularizada imediatamente, pois os médicos estão bastante preocupados com a segurança nos locais de trabalho. O serviço de assistência não pode ser prejudicado pela falta de segurança, pois os profissionais estão à mercê das ações que podem colocar a vida da equipe de saúde e dos pacientes em risco.
“Temos o registro de agressividade em dezenas de ambulatórios e hospitais. Qualquer demora no atendimento pode gerar um ataque de fúria. É um perigo. Outro dia o pai de um paciente entrou aos gritos, xingando e ameaçando um médico, porque não tinha no posto de saúde a medicação da qual precisava. Nem sempre a farmácia da unidade está abastecida. Contudo, a revolta dos familiares e pacientes é sempre no médico, que, infelizmente, não tem culpa. Na verdade, somos todos vítimas, mas a população nem sempre entende isso”, lamenta a presidente do Sinmed-AL.
Para Sílvia Melo, a escassez na política de saúde vem deixando as pessoas cada vez mais insatisfeitas, que, por sua vez, acaba respigando diretamente sobre os médicos. “A meu ver, a ação dos profissionais de segurança não impede a violência, mas inibe, pois quando acontece um ataque, eles agem de maneira rápida e evitam o pior”, reconhece Dra. Sílvia.
“No município, as UBSs também funcionam sem segurança, inclusive, algumas delas, ampliam o horário até a noite, mesmo em locais sem iluminação. Quem trabalha no ´Corujão da Saúde´, por exemplo, desempenha suas funções num clima bastante tenso. Enfim, seja no Estado ou município, é inadmissível a ausência de profissionais de segurança nas unidades de saúde”, enfatiza, ao clamar às autoridades competentes que intercedam junto ao governador e ao prefeito de Maceió.
Além das redes sociais da entidade, a campanha está sendo veiculada durante todo o mês de junho em 10 linhas de ônibus que circulam a cidade.