As demissões dos médicos da UPAs do Jurunas e Marambaia e os atrasos de pagamentos dos médicos do município foram temas abordados em audiência realizada ontem (1°) entre dirigentes do Sindmepa e o secretário de saúde de Belém, Pedro Anaisse. Cerca de 20 médicos foram desligados das unidades, entre eles uma médica grávida de oito meses e outra mãe de uma criança portadora de doença neurológica, em retaliação ao movimento de paralisação, que reivindicou pagamentos atrasados pela empresa Gestão Médica Especializada – GME, contratada pela Organização Social InSaúde, responsável pela administração das unidades.
Os médicos relataram que foram contratados para a prestação dos serviços como sócios cotistas da empresa GME, ou seja, sem a garantia dos direitos trabalhistas. Segundo os representantes médicos, a rotina de serviço nas unidades incluía falta de medicamentos e insumos básicos, além de um episódio recente de ameaças de demissão.
O secretário mostrou-se surpreso com a informação e garantiu que o comando não partiu da Secretaria. Ainda hoje (02) ele deve se reunir com o representante da OS InSaúde para tomar esclarecimentos e reafirmar a sua insatisfação com o ocorrido. “Não posso aceitar o tipo de postura que foi relatado aqui”, frisou o secretário.
Caso semelhante ocorreu no HPSM do Guamá, onde um médico foi afastado de suas funções como coordenador com a justificativa de suspeita de venda de escalas de plantões, após paralisação realizada no início deste ano. Entretanto, nenhum procedimento foi instaurado para justificar o afastamento do profissional.
Na oportunidade, o diretor de comunicação do Sindmepa, Wilson Machado ressaltou que o motivo utilizado para o afastamento do médico pode gerar consequências na justiça, uma vez que o mesmo foi prejudicado sem provas. Anaisse também garantiu que irá averiguar os fundamentos da decisão.
Fonte: Sindmepa