Que a política de saúde pública deixa a desejar é fato, mas o descaso é ainda maior quando se trata de pacientes especiais, como os da área da psiquiatria. O problema respinga nas equipes de atendimento, sobretudo nos médicos. Basta ver, por exemplo, a situação do Portugal Ramalho, que funciona como urgência psiquiátrica (24horas), dispondo, pasmem, de apenas 21 médicos. São 160 leitos constantemente ocupados, fora a rotatividade dos assistidos pelos programas de apoio ao tratamento extra hospitalar. A sobrecarga é desumana. É urgente, portanto, que o gestor socorra o Portugal – hoje no limite da exaustão. A primeira providência deve ser a contratação de 21 psiquiatras e 14 clínicos. Também é preciso agilizar a transferência das instalações para outro prédio, afinal, o hospital continua numa área afetada pela Brasken, com risco iminente de desabamento. O Sinmed espera que os atuais gestores abracem o Portugal Ramalho.