Visita técnica promovida à UPA do Município de Moju confirmou a maioria das denúncias enviadas ao Sindmepa por profissionais de saúde que revelam diversas irregularidades na unidade, desde instalações físicas insalubres, falta de medicamentos e número de profissionais insuficientes para a demanda registrada, entre outros problemas. Apenas dois médicos foram encontrados de plantão durante a visita, um clínico e um médico na unidade de graves. A visita foi promovida pela médica Leucy Paz, diretora financeira do Sindmepa, na última quinta-feira, 24, acompanhada do assessor jurídico, Yudice Randol.
A denúncia enviada ao site do Sindmepa revelou que a unidade não tinha medicações básicas para o atendimento da população. “Já teve dia de não ter dipirona no plantão. Não tem ECG. O Raio-X, quando funciona, é de péssima qualidade. Mas na maioria das vezes não está funcionando”, registra o denunciante. Diz ainda que os técnicos são proibidos de auxiliar os médicos em procedimentos na sala de graves, que enfermeiros ficariam vigiando os técnicos para que não auxiliassem o médico e que estes estão sendo proibidos do seu descanso. “O estar dos médicos é deplorável. Bem no meio do corredor, sem privacidade, sem silêncio pra descansar. Não tem sequer água potável para os profissionais. Usam água da torneira para encher os garrafões dos bebedouros”, afirma a denúncia.
No relatório da visita, Leucy Paz observa que, com o fechamento do Hospital Divino Espirito Santo, que está em obras, a demanda de pacientes aumentou muito para a unidade mista, que está fazendo consultas em excesso, fugindo da especificação do local. “O prédio, que era uma Unidade Mista de Saúde, foi adaptado para funcionar como UPA, e apesar de ter sido inaugurado há 03 anos (20.11.2019), não está dentro das especificações do Ministério da Saúde, estando sobrecarregada (a unidade). As demais equipes de saúde estão sem preparo e sem treinamento”.
Fonte: Sindmepa