O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marco Rovinski; o diretor de Interior, Luiz Grossi; o diretor da região da Fronteira Oeste, Danilo Soares, e o delegado da entidade médica no município de Santana do Livramento, Felipe Cunha, participaram de audiência promovida pelo Ministério Público que buscou alternativas nas negociações sobre os pagamentos dos médicos que prestam serviços na Santa Casa de Misericórdia de Santana do Livramento, nesta terça-feira, 6.
Durante o encontro virtual, o presidente do Simers, Marcos Rovinski manifestou-se em defesa da categoria e da busca de uma objeção da pauta que se encontra sem resolução desde junho, quando cerca de 30 profissionais entregaram suas cartas de rescisão de contrato à instituição hospitalar após falta de pagamento. A Santa Casa salientou no período que não sabia como iria realizar os pagamentos futuros, trazendo uma insegurança aos profissionais. Após o término do prazo de contrato, a Santa Casa entrou com uma liminar obrigando 14 profissionais, que não aceitaram a proposta da instituição, a permanecerem realizando os plantões no hospital.
Os promotores manifestaram interesse em buscar uma negociação entre as partes, que se encontra sem avanço pela falta de recursos financeiros da Prefeitura e da Santa Casa. Os representantes do Simers alegam que em nenhum momento tiveram uma nova procura para a negociação da proposta apresentada pela categoria que busca o pagamento integral do mês de maio, o início do parcelamento do passivo de dezembro de 2020 e a apresentação de um cronograma dos passivos de determinadas especialidades dos anos anteriores.
Danilo Soares, diretor da região da Fronteira Oeste questionou os promotores e frisou que a pauta encontra-se sem solução há três meses, quando os médicos apresentaram o seu desinteresse em continuar atuando na instituição hospitalar: “O foco não é a categoria médica, mas a má gestão da Santa Casa santanense. O melhor é deixar os médicos trabalharem e sem a preocupação se irão receber ou não. A gestão tem que saber gerir e gastar o dinheiro. É um problema de gestão e não de médicos.”, enfatiza
O Ministério Público destacou que após a realização desta audiência procurará ver novos meios de contribuir para uma solução e que marcará novos encontros com a Santa Casa e a Prefeitura. Estiveram presentes na audiência, os promotores do Projeto Mediar, Ricardo Schinestsck Rodrigues; Marcelo de Souza Gonzaga; Flávio Brenner da Costa, e a Promotora Ivana Kist Ferrazzo. Também estiveram presentes, as assessoras Política e Jurídica do Simers.
Fonte: Simers