Na defesa da manutenção e da viabilidade dos pequenos hospitais gaúchos, o vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Marcelo Matias, participou da reunião da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), nesta segunda-feira, 12, em Porto Alegre. O encontro contou com gestores e secretários de Saúde de cerca de 40 municípios, coordenada pelo prefeito de Chiapetta, Eder Both, e pelo coordenador técnico da área da Saúde da Federação, Paulo Azeredo Filho.
Em sua fala, o vice-presidente do Simers colocou a entidade à disposição dos gestores, na discussão sobre alternativas para reverter a crise que afeta os chamados Hospitais de Pequeno Porte (HPPs). “O Sindicato Médico é parceiro na busca de soluções que garantam os recursos adequados aos hospitais dos pequenos municípios, o que também passa pela valorização e remuneração dos profissionais”, afirmou Matias.
Entre as alternativas propostas pela Federação, está a aprovação do Projeto de Lei 59/2020, que institui a Política Estadual para os HPPs, sem emendas. O texto original prevê a retomada do custeio estadual para a realização de partos e intervenções cirúrgicas hospitalares, tanto públicas como privadas. “O Simers apoia a aprovação do PL, na íntegra, que defende os HPPs e a assistência com qualidade e segurança nos nossos hospitais”, destaca Marcelo Matias.
Salve os Centros Obstétricos
Durante o encontro, foram apresentados dados sobre os Hospitais de Pequeno Porte (HPPs), que vêm sofrendo com a falta de recursos e o fechamento de leitos. Segundo informações da Famurs, nos últimos cinco anos foram fechados mais de 1.400 leitos, incluindo 440 vagas obstétricas. Além disso, desde 2019, 80 Centros Obstétricos já encerraram as atividades.
Em sua fala, Marcelo Matias ressaltou que os HPPs são vítimas do processo de desmonte da Obstetrícia, que vem ocorrendo em todo o Estado. E citou a campanha “Salve os Centros Obstétricos”, lançada pelo Simers para alertar sobre a crise que tem colocado em risco as parturientes e os bebês.
“As gestantes são obrigadas a se deslocarem aos municípios que são referência na assistência para a região. E o que vemos são nascimentos dentro das ambulâncias, pois esses mesmos municípios não contam com estrutura e equipe para receber essas mulheres em trabalho de parto”, lamentou o vice-presidente do Simers.
Fonte: Simers