A campanha “Salve os Centros Obstétricos no RS”, uma iniciativa do Núcleo de Obstetrícia do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), foi apresentada ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS), Leonardo Lamachia, nesta quinta-feira, 1º de setembro. Na reunião, o presidente do Simers, Marcos Rovinski, o vice-presidente, Marcelo Matias, e o diretor-geral, Fernando Uberti, foram recebidos na casa do órgão, no Parque de Exposições Assis Brasil, durante a 45ª Expointer.
“Buscamos o apoio da OAB na luta contra o desmonte da obstetrícia nos hospitais gaúchos, pois o que vemos é a redução no número de Centros Obstétricos e no atendimento à população, o que leva à superlotação nos grandes centros e ao aumento da morbimortalidade infantil no nosso Estado”, alertou Marcos Rovinski.
O presidente Lamachia parabenizou o Simers pela iniciativa e destacou a importância de se levar o tema à discussão junto à Comissão Especial da Saúde da OAB-RS. “Sempre vemos o Sindicato na defesa não só da categoria, mas, também, da sociedade, assim como a Ordem”, afirmou.
Fechamentos dos COs
Os dirigentes da entidade médica apresentaram os dados sobre o fechamento das unidades, a exemplo dos hospitais de Aceguá, São José do Norte, Rio Grande, Santana do Livramento, Osório, Campina das Missões e, recentemente, no Hospital Pompéia, em Caxias do Sul. Municípios que tiveram suas atividades ameaçadas ou completamente finalizadas.
De acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), sistema de informação oficial de todos os estabelecimentos de saúde no país, de dezembro de 2018 a julho de 2022, 35 estabelecimentos gaúchos deixaram de oferecer leitos de obstetrícia cirúrgica.
“Considerando o aumento da judicialização na Saúde e a defasagem na tabela dos procedimentos obstétricos, esse é uma especializada de média e baixa complexidade considerada onerosa pelos gestores de hospitais, o que tem levado ao fechamento sequencial e à desassistência”, destacou Marcelo Matias, que também é obstetra e vem acompanhando de perto a situação.
IPE
Os dirigentes do Simers também aproveitaram a agenda para tratar sobre a defesa do IPE- Saúde, uma das pautas da entidade. O Sindicato ressaltou que, desde 2011, não há reajuste na tabela dos honorários médicos, o que vem desestimulando os profissionais no que se refere ao atendimento aos usuários do convênio.
Fonte: Simers