Há pacientes cirúrgicos aguardando procedimento há três dias e outros voltando da porta. Esta já é a segunda vez que a situação se repete
O Sindicato dos Médicos do Ceará denuncia que, nesta terça-feira (06), não há cirurgião no Hospital Distrital Evandro Ayres de Moura (Frotinha Antônio Bezerra) e que o centro cirúrgico não está funcionando por problema estrutural há 48 horas. Ainda hoje, o Sindicato encaminhou ofício à Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS) e ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (CREMEC) cobrando providências urgentes.
De acordo com informações recebidas pela entidade, a situação está crítica. Além de não ter médico-cirurgião na prescrição, há procedimentos a fazer, pacientes voltando da porta, pacientes com iminente risco de óbito, UTI com dois pacientes para possível reabordagem de urgência, com um deles sem condição de transporte para outra unidade. Também há pacientes cirúrgicos aguardando o procedimento há quase três dias, e os dos setores de urgências não estão sendo operados.
Esta não é a primeira vez que o hospital fica sem cirurgião. No dia 21 de julho, o Sindicato dos Médicos também denunciou a mesma situação. A entidade ressalta que no dia 08 de julho já havia encaminhado ofício à SMS solicitando a contratação de mais médicos cirurgiões para os Frotinhas do Antônio Bezerra e da Parangaba, tendo em vista a alta demanda e a insuficiência de médicos para dar vazão aos atendimentos. Até o momento, nenhuma resposta foi dada a respeito.
“Essa situação é inadmissível e preocupante, pois já acontece pela segunda vez em um curto espaço de tempo, deixando a população prejudicada, com pacientes correndo risco de óbito. Solicitamos urgência nessa demanda para que as escalas de cirurgiões sejam garantidas quanto antes”, afirma Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.
O Sindicato dos Médicos do Ceará reitera seu compromisso com a categoria e afirma que tomará todas as medidas cabíveis até que as escalas de médicos cirurgiões sejam garantidas e que não haja risco ao atendimento à população.
Foto: Câmara Municipal de Fortaleza
Fonte: Comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará