A crise da falta de ultrassonografista nas unidades materno-infantil e hospitalares de Manaus, de responsabilidade do Governo Wilson Lima, por meio da Secretaria de Saúde (SES-AM), tem gerado muitos transtornos para pacientes e trabalhadores.
Entre as denúncias encaminhadas ao SIMEAM informam a falta de ultrassonografista na Maternidade Alvorada; Maternidade Nazira Daou sem ultrassonografista; e quando o exame é realizado, especialistas apontam para a suspeita de laudos duvidosos que as vez não estão condizentes com a clínica médica.
O problema que já dura semanas ganha um novo capítulo: a empresa ganhadora da licitação para prestar o serviço ao Estado está recrutando ultrassonografista sem experiência. “Ou seja, ganhou a licitação sem ter o quadro de recursos humanos necessários para realizar o serviço”, alerta Dr. Mario Vianna, presidente do SIMEAM.
Um anúncio informa vagas de plantões para ultrassonografista para início imediato no Instituto da Mulher Dona Lindu e Nazira Daou, e em outras maternidades como Chapot Prevost, Galileia, Ana Braga e Balbina Mestrinho.
Os plantões são de 12 e 6 horas, possibilidade de escala com 10-20-40 ou mais plantoes/mês, para realizar modalidades de ultrassom do tipo:
1) obstetrico doppler,
2) obstetrico simples,
3) transvaginal simples, (e obstétrico 1° trimestre)
4) mamas,
5) abdominal total e/ou pelvica
7) parede abdominal
“Isso é um total descaso com os pacientes e trabalhadores que estão na ponta. Chega a ser criminoso o que esse governo está fazendo. Como pode uma empresa sem colaboradores para realizar um serviço necessário e urgente, ganhar uma licitação?”, questiona Mario Vianna.
O presidente do SIMEAM chama a atenção dos órgãos de fiscalização e controle social, e dos movimentos que lutam contra a violência materno-infantil. “Precisamos fazer algo urgente. A falta desse exame pode vítimar mães e o feto, decorrente dessa violência institucional”.
Fonte: Simeam