Os médicos do PSF de Maceió ficaram de fora do reajuste salarial concedido pela prefeitura. São aproximadamente 70 profissionais concursados, todos sem aumento há mais de uma década. Como se não bastasse o arrocho financeiro, esses colegas também sofrem com rótulos equivocados de que são os mais bem pagos do serviço público, quando na realidade é o inverso. Em tese (só em tese) a remuneração deles passa do teto do Executivo, mas na prática qualquer centavo superior ao limite é automaticamente cortado pela fonte pagadora. Ainda assim, em cima do que sobra ocorrem diversas subtrações relativas aos encargos sociais e tributos, deixando os médicos do PSF com ganho aviltante. É tão pouco que jamais seria possível trabalhar em regime de dedicação exclusiva, como chegaram a pensar na época do concurso. De lá até hoje a defasagem segue desenfreada. Apesar disso, não há uma política compensatória, pelo contrário: exigem cumprimento de metas, carga horária e outras coisas incompatíveis com o valor pago. Desse jeito não dá, tá faltando empatia. Clamamos por justiça.