Os médicos deliberaram pela retomada da greve, por tempo indeterminado, em assembleia geral extraordinária (AGE), na noite de sexta-feira, 10. A decisão levou em conta a falta de avanços nas negociações por parte da equipe do governo do estado. A paralisação será reiniciada a partir do dia 30, oferecendo um prazo final para que os gestores consigam atender todas as demandas.
Os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho, concurso público, gratificações devidas, como o pagamento do adicional de insalubridade, mais investimentos na saúde, principalmente no setor de pediatria do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).
“Os médicos se sentem revoltados ao ver como o governador Gladson Cameli vem tratando a saúde pública estadual. O Sindicato alertou a Sesacre sobre os problemas do setor de pediatria no dia 2 de maio, mas, infelizmente, nada foi feito. O sentimento geral é de revolta e luto diante de tantas mazelas que poderiam ter sido evitadas: primeiro tivemos as vidas perdidas pelo coronavírus e, recentemente, estamos buscando a sobrevivência das crianças contra todas as dificuldades impostas pela falta de investimento na saúde”, afirmou o primeiro-secretário Gilson Lima.
De acordo com o sindicalista, entre a categoria cresce o descontentamento com o governo estadual devido à falta de reconhecimento dos trabalhos que vêm sendo realizados pelos médicos, desde o início da pandemia de Covid-19, e ao descumprimento dos acordos firmados.
“Os colegas estão esgotados, receberam muitas promessas mas, até o momento, o governador não cumpriu a maioria dos acordos celebrados nas reuniões. O sentimento é de completo descrédito, pois havia uma esperança que este governo faria diferença para saúde do estado”, disse Gilson.
O sindicalista explicou que nos próximos dias a classe deve planejar toda a greve, o que deve incluir movimentos alternativos jamais vistos.
Fonte: Sindmed-AC